Saiba porque Primos não podem namorar e Casar entre si

Mas porque primos não podem casar entre si e o que pode acontecer se tiverem filhos? 


A questão acima é uma das perguntas que nunca param mas nos vamos tentar explicar o que é isso e como funciona através da genética.

MAS AFINAL QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS RISCOS  DO RELACIONAMENTO CONSANGUÍNEO?

Quando se fala de uma relação entre primos esse assunto é e continuara sendo um tema bem, controverso, uma relação entre primos é sempre rodeada de diversas dúvidas e mitos. Mas essa questão para alem dos mitos e duvidas as coisas complicam-se ainda mais quando os dois começam a pensar em fazer filhos juntos.
Varias são as pessoas que mesmo sem nenhuma formação técnica ou cientifica sobre esse assunto já nos podem adiantar que filhos frutos deste tipo de relação podem nascer com malformações e doenças, mas na verdade há casos em que o risco pode ser menor do que podemos imaginar.

Todos nos sabemos muito da importância das amizades dos nossos filhos enquanto criança e sabemos que essas amizades ajudam no desenvolvimento social da criança, os primos podem assumir um papel  de serem os primeiros amigos dos nossos filhos dependendo do estimulo e de como as famílias se relacionam e se as famílias tiverem encontros mais frequentes as amizades entre os primos podem ganhar mais forca e crescerem mais e acabando por serem cúmplices por toda a vida.


A questão é que alguns podem estender os laços de amizade e se tornarem namorados em determinado momento por causa da proximidade, e por fatores exclusivamente sentimentais – que nem todo mundo entende. “Quando a convivência é muito grande, a identificação também fica maior, já que eles sempre brincam juntos. O laço afetivo vai se formando desde pequeno e, em alguma hora, a paixão aparece”, explica a psicóloga Miriam Barros, mãe de Thiago e Felipe. Segundo ela, a relação amorosa entre primos não necessariamente tem que ser estimulada, mas, se acontecer, deve ser tratada de forma natural.

O namoro consanguíneo tem vantagens e desvantagens peculiares, já que existem parentes em comum. O ponto positivo é que não é preciso se adaptar a família do outro, já que todo mundo se conhece e possivelmente já tem um bom relacionamento. Mas, ao mesmo tempo, os vínculos familiares podem interferir negativamente em situações de brigas ou separações.

O importante, então, é como a família e os amigos irão lidar com isso, para não gerar maiores dificuldades. “Relacionar-se com alguém já não é fácil, e, quando existe uma cobrança negativa, a dificuldade dobra”, afirma o psicólogo Maurício Pinto, pai de Liz e Ian. Mas, segundo ele, o casal não deve abrir mão do relacionamento por conta de pressões e do preconceito.

Filhos: ter ou não ter?

Após assumirem que estão juntos para a família e para os amigos, quando decidem ter filhos, os primos-namorados percebem uma grande quantidade de dúvidas e opiniões difusas. “Tê-los ou não?” “Meus filhos podem nascer com alguma deficiência?” O ideal, antes de tudo, é consultar um geneticista, que levantará todos os dados da genealogia da família e, a partir disto, explicar as possibilidades e riscos da gravidez objetiva e claramente.

Mas as chances de um filho com alguma deficiência ou malformação não é certa e depende de vários fatores. De acordo com uma pesquisa do Conselho Nacional da Sociedade de Genética dos Estados Unidos, o risco de um casal sem parentesco gerar um filho com deficiência é de 3%. Já para casais que têm consanguinidade, o risco sobe para quase 6 ou 8%, caso eles não apresentem histórico de doenças genéticas na família.

“Todos nós carregamos genes bons e genes ruins – que causam alguma doença. Todo gene produz uma proteína, e cada proteína tem uma função no nosso organismo. Geralmente, o gene ruim carrega uma cópia – chamada recessiva – que não se manifesta no nosso corpo quando é única. Dois genes recessivos, porém, acabam se manifestando, e é por isso que existe o risco maior entre primos, já que a origem familiar dos dois, em algum momento, é a mesma. Caso se tenha um filho e ele apresente a doença, é certeza que o gene recessivo está presente em alguém, então o risco passa a ser de 25% na próxima gestação”, explica a pediatra e geneticista clínica Marta Wey Vieira. É aí que se encontra o perigo.

Explicando mais facilmente: se a mãe tiver algum gene com uma alteração recessiva que causa surdez, por exemplo, e o pai também, o filho poderá herdar dos dois, e, assim, os genes juntos irão causar a surdez. Mas, se apenas a mãe tiver o gene, mesmo que o bebê o herde, ele não ficará surdo.

Segundo Marta, quanto maior o parentesco familiar, a chance de isso acontecer também fica maior. E é por isso que o aconselhamento genético é indicado: para calcular os riscos ao investigar as últimas gerações e para avaliar as possibilidades.

Pais primos

Algumas doenças recessivas ocorrem com mais frequência na população. É o caso da anemia falciforme (malformação nas hemácias que causa deficiência no transporte de oxigênio), fibrose cística (que provoca pneumonias de repetição e gera dificuldade de absorção de alimentos) e a surdez. Por isso, o estudo de riscos, feito por especialistas, pode ser iniciado por elas.

Além de tudo, algumas destas, como a fibrose cística, têm tratamento que, quanto antes iniciado melhor. Então, o ideal é avaliar os riscos também depois do nascimento do bebê. E o teste do pezinho é a melhor solução para isso. O ampliado – importante para qualquer casal – é o mais indicado para casais consanguíneos.

Portanto, ciente dos riscos e possibilidades, e depois de ouvir médicos e especialistas, cabe ao casal a decisão final de ter filhos ou não. Chances de gravidez de risco e bebês doentes existem, mas do desejo e da vontade é você quem sabe. A empresária Fernanda Kappel, por exemplo, casou com o primo de terceiro grau, Murilo Thiele, informou-se sobre os possíveis problemas, mas optou por ter os filhos mesmo assim. “Fiz os exames normais e fui sempre acompanhada pelo meu médico. Mesmo sabendo de tudo resolvi arriscar, já que, de qualquer forma que nascesse a criança, ela seria bem amada. Hoje temos um casal, a Ana Luiza e o Théo. Ambos lindos e saudáveis”, comenta orgulhosa. No fim, o “risco” de ter filhos maravilhosos e indispensáveis na sua vida talvez seja maior que qualquer outro.

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